domingo, 21 de setembro de 2008

Amigos

O que você faria se todos os seus amigos desaparecessem? Se você ficasse sozinho em uma parte do mundo sem mais ninguém? Provavelmente se sentiria perdido, isolado, como se nada fizesse sentido. Sem ninguém para conversar ou rir, com estranhos a sua volta te olhando de forma nada amigável.

Assim me sinto ao ter que deixar parte de um todo. Meus amigos não desapareceram, mas terei de deixar alguns pra trás, por um bem maior. Sei bem o que é isso. Já passei muitas vezes pela mesma situação, mas há nove anos não sabia o que era essa sensação.

Pessoas as quais convivemos, aprendemos, amamos e até brigamos. É um sentimento que não consigo explicar, mas sei que as coisas acontecem na hora certa para que tudo, no final, possa se ajeitar.

Com tanta experiência em minha vida, perdendo e deixando pessoas ano a ano, acabei por aprender o que hoje considero um dom: esperar. A paciência é algo que nasce com alguns, mas para outros vêm com o tempo. Aprende-se a aceitar e a entender.

Sei que não é o fim do mundo, que hoje existem inúmeros meios de comunicação, porém não é esse o ponto em que quero chegar. Internet e telefone nem sempre aproximam. Às vezes reforçam ainda mais o significado da distância, mostrando que não há outros meios. Dessa forma, com o tempo, perde-se a afinidade e, conseqüentemente, o contato.

“Para estar junto não é preciso estar perto e sim do lado de dentro”. Uma frase tola que li em um cartão numa papelaria e me despertou um significado diferente para isso. Nem sequer tinha autor.

Então percebi que só depende de nós mesmos estarmos juntos e não o fato de estar presente em carne e osso todos os dias. Muitas vezes, a lembrança é algo mais forte do que a presença.

A lembrança traz a saudade, desperta o desejo, o interesse, atrai memórias boas e ruins, mas reativa nosso coração para o que realmente aquela pessoa nos significa. É assim que sentamos à frente do computador por horas, deixamos mensagens carinhosas no Orkut ou gastamos alguns créditos de celular.

A marca que deixamos nas pessoas depende única e exclusivamente de nós mesmos. A manutenção da amizade, do amor é o que fazemos todos os dias, tatuando um pedacinho da gente nas pessoas que gostamos para que, mesmo com a distância, não caiamos no esquecimento.

Nem sei como agradecer a todos os amigos que conquistei aqui. Porém, ao contrário do que alguns falaram, não os estou abandonando. Digamos que passarei um tempo longe, mas minha presença continuará sempre aqui e todos vocês também continuarão sempre comigo.

Talvez alguns eu nunca mais veja. Mas sempre daremos um jeito de trocar algumas palavrinhas por aí, qualquer que seja o meio. O que importa é que não é a dor da perda e sim do afastamento.

Essa dor passará a partir do momento que estaremos lembrando uns dos outros e sabendo que estamos ali, a um click de distância, talvez. O que uma vez entra no coração por amor, jamais consegue sair. E eu tenho provas disso.

A todos que amo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Os amigos são feitos e cultivados no coração, por isso não importa aonde vamos, eles estarão conosco seja onde for. O tempo que dura uma amizade?! O tempo que conseguimos lembrar com carinho de alguém....que tanto nos fez bemm!!! Parabéns por suas lindas palavrass... Te adorooo

Unknown disse...

Longe dos olhos... só! Qdo irei mesmo te ver novamente? KaKa

Anônimo disse...

Lindas palavras mesmo... mas nada de tristeza como diz kaka longe apenas dos olhos! Vc sabe que do coração vc está aki com a gente o tião chora todos os dias de saudades e o sayid fica com o olhar parado no horizonte do monitor meditando aí nós 3 olhamos uns para os outros e declaramos em uma só voz... "PUTZ, SÓ TEM PIADISTA AKI NA HOUSE!!!!" HAHAHAHAHA Abração Rafa...